domingo, 2 de novembro de 2008

Desculpe? Como disse?

Acerca da nacionalização do Banco Português de Negócios houve uma conferência de imprensa com o Ministro das Finanças e o Governador do Banco de Portugal. Em determinado momento, a jornalista do Diário Económico, da qual não fixei o nome, perguntou ao Ministro das Finanças algo sobre as dívidas do Estado às Empresas e acrescentou a seguinte pergunta: "Haverão prioridades?" Não ensinaram, numa cadeira qualquer, a esta jornalista que o verbo haver quando usado no sentido de existir (verbo irregular e intransitivo) só se conjuga na 3ª. pessoa do singular??? Com outros sentidos ou como auxiliar da voz perifrástica é que já se conjuga normalmente: "Eles hão-de vir a nossa casa.". A par deste gravíssimo erro temos o auxiliar da voz perifrástica que infelizmente é cada vez mais mal usado: ouve-se muito “Há-des ver.” em vez de “Hás-de ver.” e “Há-dem vir.” em vez de “Hão-de vir.”. E depois ainda falam mal do novo acordo ortográfico quando ninguém liga à gramática, quanto mais à ortografia... Eu por cá vou-me arrepiando com tamanhas baboseiras!

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