sábado, 28 de junho de 2008

Gostos

Eu até gosto de trabalhar. Normalmente dá-me gozo desempenhar tarefas, se bem que algumas são mais aborrecidas do que outras. As aborrecidas faço-as mais depressa para me tentar despachar delas. Afinal, têm que ser feitas, e o que tem que ser, tem muita força! Já não gosto é de fazer o trabalho dos outros... Chego a ficar fora de mim. Odeio ter de refazer coisas que outros fizeram mal. Odeio entrar ao serviço e receber tarefas que já deviam estar feitas. Odeio trabalhar com pessoas que desleixam as suas obrigações e que me obrigam a assumí-las para não passar o turno no estado em que mais odeio recebê-lo: com tarefas que já deviam estar feitas. Estas coisas irritam-me e tenho de respirar bem fundo. Se fosse há uns anos atrás, explodia. Hoje em dia vou engolindo sapos. E quantos tenho eu engolido nos últimos tempos... Nunca me imaginei com tamanha capacidade de encaixe! Mas às vezes também nós nos surpreendemos a nós mesmos.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Fases

A vida é como a Lua: tem fases. Umas vezes estamos eufóricos, outras estamos apenas felizes. Mas também temos as nossas "Luas novas" em que estamos mais deprimidos, introspectivos e consequentemente, menos propensos a determinadas actividades. Ultimamente tenho andado assim e quando assim estou, sinto que sou muito má companhia: implico com tudo e com todos e isso não é nada bom. Nesse caso, prefiro recolher-me em casa numa espécie de retiro espiritual e aproveito para pôr as minhas ideias em ordem e os meus assuntos em dia e para descansar a mente e o corpo. Mas não pensem os mais afoitos que "arrumei as botas". Prometo estar de volta em breve para as grandes tertúlias com os meus bons amigos que tanto gosto e que tanta falta me fazem.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Que seca...

Nunca mais tenho carro!... E se não fosse o 'puto' ainda ficava com um guarda-lamas "de cada nação". Enfim, há que atentar a tudo.
Thanks a lot, kid! ;-)

terça-feira, 3 de junho de 2008

Friends

Há frases feitas banais que soam sempre ao mesmo. Mas há algumas que, podendo-se incorporar neste conceito, fazem todo o sentido. "Os amigos são para as ocasiões." é uma delas. Realmente é nos momentos mais difíceis e nas fases mais duras da nossa vida que, quase sem intervenção nossa, se separa "o trigo do joio" e vemos bem quem é realmente nosso amigo. Posso não ter muito dinheiro, muita fama, uma grande casa, um grande carro nem um emprego de sonho. Mas tenho bastantes e muito bons amigos! Amigos que estimo, admiro e de quem gosto muito e que sei que eles também gostam de mim e se preocupam comigo. Amigos que me ajudam quando preciso e que sabem que podem sempre contar com a minha ajuda incondicional. Amigos que fazem parte da minha vida e que gostam e querem que eu faça parte da deles. É por isso que não digo que não tenho sorte: tenho-a, e muita, porque conheço cada vez mais pessoas fantásticas a quem tenho a sorte de poder chamar "amigo" no verdadeiro sentido da palavra. Um grande bem-haja a todos vós!

Novidades...

1.ª Parte
Ups, já há uns dias valentes que não posto nada. Mas tem uma explicação! Dia 21/05 ia eu a caminho de casa de um casal amigo perto de Peniche no meu 206 (comprado havia 9 dias!) e, ao sair da A8 para o IP6, estampei-me... É verdade! Fui contra o rail... Não me magoei, foi só chapa, mas fui-me logo meter em despesas. Tudo isto confirma uma teoria que eu tinha quando era puto: os brinquedos que a gente mais gosta são os que se estragam mais depressa... Seguramente perceberam pelo meu post sobre o carrito (e não é segredo para ninguém!) que eu gosto mesmo muito dele. Gosto da maneira como ele estava "embelezado" com muito bom gosto. E foi precisamente por isso que o comprei. Assim que soube que o anterior dono o queria vender fiquei logo com o bichinho para o comprar. Mas enfim, são azares que acontecem... Como diz um amigo meu: "Haja saudinha." Hehehe!
2.ª Parte
Ter um acidente é muito estranho. E mais estranho ainda é termos noção de que vamos ter um acidente porque nada podemos fazer para evitá-lo. Aquela fracção de tempo, que só pode ser muito curta, torna-se longa e desesperante. O que deve ter sido 1 ou no máximo 2 segundos pareceu-me muito mais: vou na A8, vejo a placa da saída para o IP6, reduzo drasticamente a velocidade (porque a única placa está em cima da saída) e mudo de faixa ainda a reduzir e a meter a 4ª. Ao começar a fazer a curva reparo que ela é muito apertada e que me alarguei um pouco ao começar a fazê-la pois estou próximo da guia da berma mas como vou a menos de 50 Km/h não me preocupo muito. De repente sinto o carro a começar a fugir-me para a esquerda, tento corrigir rodando suavemente o volante um pouco mais para a direita pois reparo que há areia no piso, mas o carro não se agarra à estrada e continua a fugir para a berma. É aí que me apercebo que vou bater! Já não há nada a fazer! Entro na berma que tem uma grande camada de areia e vou bater no rail. Disparam os airbags, as minhas coisas espalham-se pelo carro e os meus óculos saltam-me da cara!...
3.ª Parte
"Os meus óculos???" Sempre que me saltam da cara penso isto... Há uns anos valentes, quando fui atropelado e dei uma pirueta no ar só sabia dizer isto ao fulano que me atropelou... "Mas está bem? Sente-se bem?" "Os meus óculos??? Os meus óculos???" É que sem eles não vejo nada e sinto-me desprotegido. É por isso muito natural que, mesmo em situações extremas, eles sejam primordiais para me poder recompor. Só depois de os pôr na cara é que me acalmo. E nesse dia coloquei-os na cara e fui à minha vida! Curiosamente desta vez não foi esse o meu primeiro pensamento. Depois do embate, desliguei o motor (que continuou a trabalhar como se não fosse nada com ele!) e pensei: "O puto vai-me matar!" O 'puto' é o rapaz que me vendeu o carro e que me advertiu: "Se me apareces com uma mossa que seja no carro, 'tás lixado*!!!" e que na véspera da viagem disse-me: "Vai é com cuidado." ao que jocosamente lhe respondi: "'Tá bem pai, não te preocupes!" Mais valia ter estado calado.
4.ª Parte
Essa maldita 4.ª feira foi compridíssima. Ainda vim trazer o carro à oficina nos arredores de Lisboa e voltei para cima. Meti na cabeça que ia a casa desses meus amigos e fui. Diverti-me imenso, fez-me bastante bem, apesar do precalço. Depois disso, já fui ao cinema, já fui ao teatro, já jantei fora com amigos, já jantei em casa de amigos, já fui a um concerto, enfim, já fiz muita coisa. E muitas mais hei-de fazer até ter de novo o meu carro arranjadinho. Vai passar um mês e mais de 1500 euros... Enfim, a "brincadeira" vai-me sair bem cara!...
* A palavra usada foi o sinónimo começado pela letra f